terça-feira, 30 de dezembro de 2008

aconchegante até...


23 de dezembro de 2008

Não havia estado numa barca antes
É aconchegante até...
Duas coisas me chamam a atenção
Sentar de costas de onde estava
Frente Trás.
Minhas costas. Logo atrás...água, antes... terra, continente. Sinto o afastar. O apego ao que fica é grande. A vontade da distancia é ainda maior.
O balançar me mostra que não tenho o controle. Nem mesmo tenho a direção.
Quem esta na direção?
Uma figura que passa o caminho todo de costas pra mim, de costas pro continente, com a frente em direção a...
A única imagem é da metade de seu corpo
Partes inferiores
En dehors
Chinelo preto
Calção laranja
O balanço permanece
Às vezes mais, às vezes menos.
Longe de lá chego onde queria
O balançar acaba
Fica o barulhinho indo e vindo do mar
Esse ... fica perto por um tempo

Loa Campos

Dia 19 de dezembro de 2008
Não é sempre que o sol aparece com tamanha presença em Curitiba
Não que não goste
Não há como não gostar, existe coisa mais poderosa e mais linda que o sol?
Mas a estrutura...Não tenho hoje, estrutura para conviver com ele tão de perto
Sentia meus pés arrastarem na calçada mais do que de costume
A parte anterior do meu corpo parecia ser puxada em direção a terra, ao chão.
Minha cabeça não se mantinha paralela ao chão, os raios de sol...
... a vontade de deitar aumentava a cada passada.
Loa Campos

um novo hábito

um novo hábito? ritual? novo do novo? não. Um novo que remete a algo que já existe, espalhado na gente de alguma forma, mas só agora ganha sentido, se mostra sentindo. Dois dias para o ano de 2008 acabar. Duas noites para o ano novo raiar. reviro gavetas. jogo fora papéis, mas antes leio cada linha, cada carta antiga, fotos. Tomo nas mãos os presentes do último aniversário. cachecol laranja feito a mão. Preciosidade.Escrevo uma carta para mim mesma e que abro só no final do ano para ver o que aconteceu. Mudanças, desejos, alegrias, fragilidadessss.Realizações.
Dois dias antes do ano acabar. Como nos últimos anos, cumpro entre tantos esses, mais um ritual. Introduzo na minha rotineira vida, um novo habito. Um hábito que tem a pretensão de ser experimentado durante todo o ano que se aponta. Hábito como algo que descristalize a ação já sabida, a estrada automática., olhar viciado. Um outro hábito que reivente a minha história.
"navegar é preciso senão a rotina te cansa". (RAPPA)
Já teve de tudo, coisas simples, outras complexas. Um ano parei de comer carne, até hoje não como. No outro comprei saias coloridas para quando eu transitasse, elas colorissem a paisagem. no outro comecei a subir as escadas de prédios. Nada de elevadores.No outro voltei a usar o correio convencional e escrevi cartas mensais, saborendo a saudade, aproximando distâncias de minhas sobrinhas, com palavrinhas a caneta.
Uma bicicleta. Ontem desci pelo elevador esprimida, com a bicicleta. 2009. um novo modo de andar. Trilhar com vento na cara,
Numa andada só. todas as bicicletas experimentadas retornaram e parecia que nunca eu havia me distanciado do costumeiro navegar em rodas.
Hábito!!!! não sei como isso vai se ajustar com as saias coloridas que uso e que um dia foram introduzidas como ritual. Botinas. botas. Bicicleta combina com vestido? combina com os livros pesados que carregamos? com a tralha de sempre jogada no banco de trás do carro?
Sei lá só 2009 mostra o que fica, o que vai, o que se transforma.
feliz ano novooooo!!!!!novos testes de vida para todos. Outros padrões!!!!
Gladis Tridapalli

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

A COISA

Uma pequena portinha,
Que dá pra uma escada bem grande de concreto,
Que dá para uma sala grande e escura.
É aqui que sentamos e fizemos um som.
Muitas pessoas desconhecidas pirando em acordes e timbres.
Corpo sereno, respiração tranquila...


Um entra só de cueca com a camisa tampando o rosto,
O outro também vem com a face escondida, mas veste shorts.
Gritos, assalto.
Risadas, brincadeira?
Não há tempo para descobrir,
As pernas já tremem,
As mãos também.
O coração a milhão,
Frio
Não há saliva
Não há como não estar ali naquele momento.

Aline Vallim- 28/12

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

terra vermelha

caminho pelas ruas da minha infância. sempre na mesma época do ano. natal. caminho revejo farejo a cidade pelos pés. pés que traçam outros espaços mas cheiram as folhas secas da praça da cidade do interior. sol, passo vejo as casas de antigos amigos...onde estarão eles? e relembro dos atuais que agora longe. casas antigas, janelas que são fechadas, desabitadas, outras novas, pintadas com outras cores. meus avôs se foram, mas minhas avós permanecem vivas, surdas, loucas, lindas. Meu pai está mais velho, corpo fazendo um bonito arco se dirigindo a terra, mas conserva o mesmo sorriso, um sorriso renata. Terra terra vermelha onde balanços furam o ar.. ..20 anos me tornam longe de mim mesma. mas é preciso sentir isso todo o ano, um voltar as origens, transformadas mas origens....uma espécie de realimentar que aponta para o tocar a vida. um silêncio regado de anonimato mas de aconchego, de gente próxima que navega no sangue do que sou feita. Natal!!!!! feliz.

Gladis

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

esmagada

esmagada num carro
muitas pessoas falando
bebada sono e pensando na hora de acordar amanhã
é dedo no cofre, é cigarro.
em alta velocidade meu olho fecha e abre devagar

beijos e feliz natal!
memoria do dia 22 de dezembro

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Quero o meu Nirvana

Entreter, falar bastante, de forma a se entender, fazer sorrir, gargalhadas, dar um sentido e fazer valer a reunião daqueles corpos. Todo o meu corpo impulsiona as energias pra o cérebro e boca!!!
Tenção, crio expectativas, minha mão suada e as pernas que nunca param de se mexer...ando pra frente e para trás em passos curtos, o coração a trilhões, quero mais um cigarro e cerveja.
Relaxar, eu preciso relaxar! Sorrir, conversar, dançar com os outros corpos. Meu corpo pede para que não se criem expectativas sobre mim. Nem nesta apresentação, nem no meu trabalho, nem sobre o meu futuro.
“Estou cansado, ansioso, poderia dormir por mil anos, a espera de que mil novos sonhos me acordassem”.
Estaria eu fugindo? Não sei.
Talvez precise de algo pra me entreter!

Renato Tezolin
Lembranças da noite passada e divagações sobre o futuro. 22/12/08

nas alturas

Medo
Borboletas no estômago...
ansiedade...
Mistura de sensações
Perdendo o chão..indo para o vazio..braços congelados...braços se soltando...
Alivio..felicidade
Êxtase...
minhas pernas estavam trêmulas...risadas, nossa como consegui?

memorias de 18 de dezembro - trabalhando-

mariana batista

domingo, 21 de dezembro de 2008

Corridas...

É dia de corrida, alongamentos, disposição, massagens de antemão;
Gordos quase não há não;
Vozes e mais vozes ,quase todos com um guarda chuva na mão.
E eu me esforçando para ficar com os olhos abertos, aqui no metro com um lápis na mão.

Será que vai chover?Estranho....

Chegando no shopping mais uma corrida, corrida para o café, para as compras, para as filas, para os saldos, corrida diária neste lugar.
O mais estranho é que eu não me lembro de ter me inscrito para nenhuma destas corridas, e estou aqui no meio de todas.

E eu só quero é caminhar!

21/12 - 11:00 no metro a caminho do shopping...

Lauanda Fernandes

Ensaios....

"Ensaios,ensaios livres, ensaios..."
Medos, ansiedades,vontades, fazer por fazer,às vezes sem entender...
Chega o dia e é tudo isso junto com alegria.
Respiro fundo, levanto a testa, é preciso paciência...
Na hora cada um com seus trejeitos execulta o seu papel.
Trejeitos de uma vida inteira, trejeitos de uns misturados com de outros.
Trejeito, palavra estranha, mas que diz tanto de uma existência!

Musicoterapia - ensaios e memórias do dia 18/12

Lauanda Fernandes

Lazy War

Normalmente trabalho aos domingos à tarde. Hoje, tenho a tarde livre. Trabalhando, fazia planos para um dia como esse. Ir aos museus, que são free aos domingos, passear nos jardins de Belém, sair com amigos ou simplesmente sair, e ver como a cidade e as pessoas funcionam ao domingo à tarde.E aqui me encontro, no fim da tarde, e em casa. Só saí pra comprar cigarros. Vi tv, fumei, naveguei na net...enfim, não fiz nada antes planeado. Meu cérebro quer fazer coisas, ver coisas, tem fome. Mas meu corpo parece pesado, cansado, como se estivesse cheio de sei-lá-o-que!
Tenho vivido uma guerra entre meu corpo e cérebro!



Renato Tezolin. 21/12/08, em casa.............*#%$&!"*+++*@#$$%&/(*)*/*

O MEU PÉ DIREITO

Hoje à noite, quando subia as escadas de acesso a um shopping center, veio-me a lembrança um álbum de fotografias da minha infância. Em todas as fotos em que eu estava sentado na cadeirinha, o meu pé direito ficava virado para fora, pro lado direito. Era eu quem o forçava para que assim ficasse, como que o moldando, consciente ou não, para o pé torto para fora que tenho agora. Lembro de me dar conta disso ao ver minhas pegadas na areia da praia e ao ouvir minha mãe dizendo que me reconhece a uma grande distancia, só pela maneira de eu andar. Afinal, um pé torto pra fora faz com que a gente ande de maneira estranha, como que chutando para os lados. Parece mesmo que eu ando com as pernas abertas, mas isso é normal pra mim. Sempre andei assim.
Hoje à noite, quando subia as escadas de acesso a um shopping center, eu quase chutei as pernas de uma senhora.



Renato Tezolin, 20/12/08, lembranças de um passeio no shopping Colombo, em Lisboa.

sábado, 20 de dezembro de 2008

Borracha...

...um corpo que se apaga.
Sempre que mexo na minha bolsa lá está uma borracha branca, que quase não uso pra falar a verdade...mas está lá.
Borrachas de diferentes formas, gordas, magras, bonitas, feias...
Borrachas flexíveis, duras, mais ou menos...grandes, pequenas...
Borrachas novas, velhas, cansadas de serem usadas ou a espera de serem tocadas...
Borrachas que se quebram, mas ainda assim continuam sendo borrachas!

Lauanda Fernandes-20/12
memórias do metro, divagações...

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

uma noite num bar

sentada num bar, musica brasileira
lugar que me lembra outro
lugar que me lembra pessoas
e é desse vai e volta que meu corpo tem falado
musica do los hermanos
cervejas, muitas
cigarrros
fumaça
tudo pequenininho
me sinto em casa, com saudade da minha ex casa
um lugar, que hoje me lembro, quase uma semana depois
o lugar fico em mim
a musica, os bebados cantando e pedindo musica
risadas
pessoas
meu rosto ...só vendo os olhos no espelho
quero voltar la, naquele estado daquele dia

renata roel, hoje é 20 de dezembro
mas a memoria é de antes

Mais um dia...

9:00 da manhã a caminho do trabalho....

Meu corpo se movimenta quase como uma máquina, ligaram e ele já sabe o caminho, quase involuntário; anda, senta, levanta...A sensação?Que sensação?Parece tudo tão mecânico, que nem sei se elas existem.Depois ele se esborracha todo no macio e encolhe-se com o frio!

23:30 em casa...

15 de dezembro de 2008
Lauanda Fernandes

Entre um estado e outro...

Existe uma estrada.

Dessa vez não consegui ficar acordada e o ônibus quebra exatamente na metade do caminho:

- Sapos, mato, escuro e malas, muitas malas.

Uma casinha depois dos sapos tem a luz acesa - é boa a sensação de olhar pra lá no meio da noite.
Entro no outro ônibus e.....uhullll, q arregado, esse é leito, q bom, vou poder continuar dormindo!

Rodoviária e pessoas com olhar de espera. Eu também espero, mais do que as outras vezes e penso que poderia escrever isto aqui. Penso também em muitas outras coisas, mas quero esvaziar o pensamento e ouvir apenas....é impossível.

Porque ainda se dança na ponta dos pés e continuam a remontar balés de 1800???
Isso tem ficado na minha cabeça desde terça-feira. Vou deixar que as respostas sejam pensadas.

19 de dezembro,
Fernanda Viganó

Sobre as nuvens...

Andei de avião pela primeira vez no dia 17, sentei ao lado da asa. O mundo lá de cima é bonito demais, vendo as nuvens pensei..." tá e agora, como é que eu faço pra ver Deus?" Quando pequeno me diziam que ele morava lá. Deve ter mudado... Assim como eu.
Tive apenas uma certeza. Quanto mais eu via a aza, meu corpo desorganizava-se ainda mais.
Fui forte e guardei tudo para mim, caso contrário, um saquinho... seria pouco.
E por que é que nessas horas lembramos de Deus?
...
Murilo Cesca

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

simplicidade Hermética - f. deddos

sentado, ouvindo trabalho próprio e surpreendido pela influência e a presença do criador da obra em que ousei mexer.
Um senhor de cabelos e barba longos, tudo branco, sua visão em seu par de óculos é guiada pelos seus ouvidos.
Coração bate-forte em sua presença, porém, a simplicidade e energia limpa e boa do mestre refletem no ambiente e tranquilizam até as próprias ondas sonoras.
O sinal de aceitação da ousadia apresentada a sua obra é então deixado com um abraço singelo e a lembrança eterna de um simples ser humano que contrasta com seu genial poder de criação.

Dia 17 de dezembro de 2008, local: Estúdio Trilhas Urbanas - Cwb-PR-BR.

Esvaziar - Mábile Borsatto

Hj joguei tudo fora....

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

hoje dia 17 de dezembro, uma cena volta na memoria

Aula do Peter, no Cem
desde as 9 e 30 da manhã
e da improvisação que ele nao gosta que chama assim, nasce uma musica
wisky puro
wisky puro

vodka voka
sangriaaaaaaaaaaa

wisky puro
vodka vodka
ginginhaaaaaaaaaa

gim
vomito
sangriaaaa


no restaurante quando o cliente me pede: Gin e Tonica vem a vontade do corpo de gritar: Vodka Vodka, sangriaaaaaaaaa

eu vou pego o gin, tiro o plastiquinho do canudo, palinha ou seja la o que for, acho q estou fazendo algo errado, o corpo vai e o corpo volta, a memoria de recordar qual é o caminho certo de fazer as coisas.
e fica no corpo: o que é fazer algo errado?
toco o foda-se e vou...volto...vou volto...esse vai e vem de dizer boa noitsss

Renata Roel

hoje fiquei pensando ...renata roel

como estou observando o que estou fazendo?
como estou na ação?
o que eu registro no corpo?
como eu identifico o que ficou registrado?
...isso me lembra documentarios...olhares de alguem e constrói-se o doc.

Em quais camadas eu detecto o que ficou no corpo nesse momento/movimento de atenção?
cultivar a atenção.....impulsionar a atenção

"Objetivar a sensação das imagens"...

A tentativa é de nao separar essas camadas de atenção, é um observar do micro e do macro, do dentro e do fora, no corpo, na memoria, na atenção, nas pequenas organizações do corpo para a ação que já é uma ação, nas apreciações de momentos- instantes.

Qual foi a historicidade dos musculos, da voz, do estado do corpo?
imagem do corpo
imagem da ação
imagem da sensação
O que imprimiu em mim da ação?
Eis a questão!

Cena Aberta - Mariana Batista

15 -dezembro
Caminhando...Plano aberto, e ação. Uma bicileta que passa eu atravesso a rua e logo a porta da loja se abre, termina a primeira cena.

16 - dezembro
momento de reflexão com sorvete de creme e flocos...o que sera? Sensação de bem estar!

A juventude que nunca mudará

Entro no comboio e me deparo com uma senhora..que por acaso não conseguia tirar os olhos dela ...já velha, com óculos de leitura vermelhos, bolsa e cachecol no mesmo tom, tudo perfeitamente combinado...fazendo caça palavras..mas caça palavras?aquele batom vermelho que me lembrava uma linda juventude; uma pele invejável e me deparei pensando na minha velhice..quase que desejada...estando a imaginar....;
ela..a sentir o mesmo com a minha presença....
17 de dezembro de 2008


Indo a um café a pé
sou convidada a parar
reparar
um skate descansando...

sou convidada a parar

me agachei e
vi isso
podia ter sentado...
mas não o fiz...
to com vontade de voltar
e
sentar

Loa Campos

17-12-08 / memória viviane mortean



são três atenções: o corpo, o controle e a TV.


a carne se deposita sobre o sofá


a única tensão está na mão esquerda


o dedo aperta o botão e em menos de um segundo muda a imagem na tela.



muda


muda


muda


muda


muda


muda


muda


muda


muda


muda


muda


muda





só existem estas três atenções.

Escrita do Corpo - Renata Roel - Dia 16/12/08

16/12/2008
Um dia depois do aniversario da MaeLembro-me de estar parada, olhando todos os matines e a duvida: é martine bianc ou bianco?sinto que preciso saber isso e fico lendo todas as bebidas, quantas cores, quantos formatos de garrafas.o formato que me apoio no balcao que nao se pode apoiar, meu olho cansado, pesado.
Renata Roel

Escrita do Corpo - Renata Roel - Dia 14/12/08

14/12/2008
A imagem de uma menininha engatinhando, presto atenção nos dentes separados.lembro dos meus de quando era criança, e meu corpo acompanha o engatinhado com o olho.cores: cor de rosa e calça jeans.vontade: de deitar naquele chao e dormir ou ficar engatinhando.
Renata Roel

Escrita do Corpo - Renata Roel - Dia 15/12/08

Dia 15/12
Aula de dança, mordo minha mão, mas só vejo depois a marca dos meus dentes no ossinho do dedo, não lembro como mordi, mas ficou vermelho, penso depois em onde estava minha atenção quando fiz isso.imagino por alguns instantes um descolar da pele nos musculos.
Renata Roel

Escrita do Corpo - Loa Campos - 16 de dezembro de 2008

Ruz XV -
-Marechal Deodoro, Predio Comercial, n. 503
Dia 16 de dezembro de 2008.

Com o corpo cansado, ter que atravessar a rua XV, e na TPM, agüentar a o espírito natalino tornou o trajeto o mais arrastado de que tenho memória.
Subi até o 13
Mais pessoas
Nenhuma cadeira
Paro em frente ao elevador, aperto o botão, encosto na parede e me deixo escorregar, apoiada com as costas, escorrego ate dobrar meus joelhos e ficar agachada.
Ahh que sensação boa....
Cansada assim, me sinto mais pesada.
A imagem do corredor branco, quase bege;o olhar de pessoas desconhecidas, menos uma; e a sensação de escorregar dividindo meu peso com a parede, parece estar suspenso em meu corpo.

Loa campos

Escrita do Corpo - Loa -15 de dezembro de 2008

Sala de Musica
FAP
Dia 15 de dezembro de 2008.

Uma reunião em plena segunda feira de manha
Uma faixa de espelhos que envolvem três paredes da sala
6 pessoas de certo modo conhecidas
Numa situação inesperada
Vontade de levantar e voltar
É necessário estar.
A necessidade que grita.
A necessidade do corpo gritar.
As falas deixam meu corpo inquieto.
Meu corpo é puxado em direção à porta
Meu corpo é puxado para sentar e escutar
O que puxa? Acabo ficando.
Falando, ouvindo e só depois saindo.
E o puxar sempre me acompanhando.
É Sempre mais que uma força, mais que uma direção.

Loa campos